Com a proposta de fornecer apoio psicológico durante o período de pandemia do novo coronavírus, a Associação Segeam (Sustentabilidade, Empreendedorismo e Gestão em Saúde do Amazonas), criou um canal de diálogo com seus colaboradores – em sua maioria, profissionais da enfermagem -, para trabalhar o controle da ansiedade durante o exercício da profissão e também no pós-plantão. A psicóloga Francivânia Vieira, gerente do Núcleo de Educação Permanente da instituição, explica que a metodologia inclui o envio de material didático, dinâmicas e atendimento presencial, caso necessário.
O grupo é coordenado por ela e pela psicóloga Quézia Freitas, que atua no Ambulatório de Egressos da Susam (Secretaria de Estado da Saúde). De acordo com Francivânia, a medida foi adotada considerando a carga de estresse obtida por esses profissionais, que estão na linha de frente do combate à COVID-19, cuja disseminação segue acelerada em vários países, inclusive no Brasil, conforme dados de instituições como a Organização Mundial da saúde (OMS).
A metodologia segue protocolos de psicologia e o Código de Ética da categoria e inclui recomendações como: procurar um lugar mais calmo, se possível, para alguns minutos de reflexão durante o dia; praticar exercícios respiratórios – principalmente ao acordar e na hora de dormir; buscar dialogar quando se sentir ansioso e utilizar a tecnologia a seu favor para não se sentir só, mantendo, assim, um contato permanente com o mundo externo (o uso de videochamadas é um exemplo neste último caso).
“Sabemos que não é fácil encarar uma pandemia. O trabalho desses profissionais tem sido essencial para salvar centenas de vidas no nosso Estado e eles merecem um tratamento especial, com todo o apoio necessário. Mas também sabemos que, ao sair do plantão, muitos deles sentem dificuldade em se desligar da realidade hospitalar. Tentamos ajudar ouvindo as experiências dessas pessoas, pois o equilíbrio psicológico é essencial para que elas não adoeçam e mantenham-se firmes nessa missão assistencial”, destacou.
O acesso ao serviço de atendimento criado pela Segeam se dá através dos coordenadores das equipes de cada unidade de saúde onde os colaboradores atuam, a exemplo de prontos-socorros e maternidades públicas.
*Protetor facial*
Fracivânia explica que a Segeam tem adotado outras medidas de suporte ao controle da disseminação do coronavírus e proteção de seus colaboradores. Um exemplo é a aquisição de mil protetores faciais, que estão sendo entregues, desde a semana passada, aos profissionais de enfermagem contratados pela empresa, durante seus plantões.
Os EPIs (equipamentos de proteção individual), denominados ‘Face Shield’, impedem, por exemplo, que haja a contaminação de enfermeiros por gotículas de saliva que sejam eventualmente expelidas por pessoas com COVID-19.