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Partículas de aerossóis podem alcançar pelo menos dois metros, facilitando a contaminação pelo coronavírus

As partículas respiratórias que compõem os aerossóis podem alcançar mais de dois metros de distância quando expelidas no ar, o que facilita a contaminação pelo novo coronavírus. A informação consta em um alerta para a transmissão da Sars-CoV-2, assinado por autoridades internacionais em saúde pública, em julho deste ano.

As partículas respiratórias que compõem os aerossóis podem alcançar mais de dois metros de distância quando expelidas no ar, o que facilita a contaminação pelo novo coronavírus. A informação consta em um alerta para a transmissão da Sars-CoV-2, assinado por autoridades internacionais em saúde pública, em julho deste ano.

Os aerossóis são partículas que ficam no ar quando, por exemplo, o indivíduo tosse ou espirra. Elas conseguem transportar o vírus, promovendo a contaminação de várias pessoas que estiverem próximas e sem proteção. Dependendo do tamanho, as partículas podem permanecer por horas suspensas no ar – quanto menores, maiores as probabilidades. Daí a importância do distanciamento social e do uso da máscara.

De acordo com a presidente da Associação Segeam (Sustentabilidade, Empreendedorismo e Gestão em Saúde do Amazonas), enfermeira Karina Barros, o alerta serve tanto para a população em geral, quanto para profissionais de saúde – este último grupo, em especial, é mais vulnerável, uma vez que está em contato direto com pacientes infectados pelo vírus, o que os expõe a cargas virais maiores.

O principal bloqueio, no caso da população, é o uso da máscara, que protege pessoas saudáveis, inibindo o acesso do vírus às vias respiratórias, e impede que ele chegue ao ar de forma mais brusca, no caso de pessoas já contaminadas.

“Nos casos de espirro ou tosse, as partículas ganham mais força. Há estudos que revelam a possibilidade de alcance dessas partículas de até seis metros. Sabemos que uma nova cepa do coronavírus, ainda mais contagiosa, está circulando em alguns países. No Brasil, ela já foi detectada em São Paulo, o que reforça o alerta e o torna mais pertinente neste momento”, frisou.

“No Amazonas, o momento é delicado e requer cuidados redobrados, conforme já vem alertando o Governo do Estado e as autoridades em saúde. Então, o uso contínuo da máscara e do álcool gel antisséptico, além do distanciamento social, são essenciais para frearmos a transmissão e controlarmos a pandemia”, destacou.

Barros explica que a Segeam tem atuado no enfrentamento à pandemia, com a prestação de serviços em unidades de alta complexidade, a exemplo das que atendem urgência e emergência.

“Nossos profissionais são orientados a utilizarem todos os EPIs (equipamentos de proteção individual) que possam garantir a segurança dos mesmos, como face shield (viseira), capote, máscaras, luvas, entre outros. Assim, eles se protegem e protegem também as demais pessoas com quem têm contato. São medidas simples que precisamos seguir neste momento, para conseguirmos controlar a transmissão e reduzir as internações e mortes no Amazonas. E é também uma responsabilidade de todos nós”, concluiu.