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Enfermagem obstétrica atua na assistência menos intervencionista e com mais benefícios à gestante

Especialidade da enfermagem com atuação na assistência direta ao pré-parto, parto e nascimento, a obstetrícia assumiu na área, um papel de protagonismo nas últimas décadas, a partir de uma nova vertente: a oferta de um cuidado menos intervencionista e mais humanizado à gestante.

Especialidade da enfermagem com atuação na assistência direta ao pré-parto, parto e nascimento, a obstetrícia assumiu na área, um papel de protagonismo nas últimas décadas, a partir de uma nova vertente: a oferta de um cuidado menos intervencionista e mais humanizado à gestante.

A especialidade possui um leque de abrangência dentro da enfermagem, o qual inclui, por exemplo, a orientação sobre os direitos sexuais e reprodutivos, pré-concepção, gestação, cuidados e manejo do recém-nascido, além do abortamento.

A enfermeira obstetra da Segeam (Sustentabilidade, Empreendedorismo e Gestão em Saúde do Amazonas), Larissa Rodrigues Braga de Almeida, explica que o modelo menos intervencionista é bastante incentivado por organizações ligadas à saúde no Brasil, e também por organismos internacionais no caso do exterior. Isso porque, países que valorizam a atuação de enfermeiros têm apresentado bons desfechos para as mães e seus bebês.

Ela explica que, intervir na experiência de parto das parturientes, de forma desnecessária, pode causar complicações (iatrogenias), assim como, afetar o psicológico e o emocional da mulher, justamente em um momento de extrema importância da sua vida. A regra vale tanto para procedimentos invasivos, como para os não invasivos.

Sendo assim, o ideal é “observar a fisiologia do trabalho de parto, obedecendo ao processo de forma mais natural possível, e seguindo um modelo de assistência muito incentivado, por exemplo, pelo Ministério da Saúde (MS) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS)”, destacou Larissa de Almeida.

De acordo com ela, a inserção do enfermeiro obstetra no contexto do parto e nascimento auxilia na formação de importantes indicadores da saúde, como por exemplo, na redução da morbimortalidade materna e neonatal de mulheres submetidas ao parto normal, natural ou cesariano.

Larissa de Almeida cita como exemplo de intervenções desnecessárias e geradoras de complicações, a episiotomia (incisão no períneo com o objetivo de facilitar a passagem do bebê pelo canal vaginal)  e a prática de empurrar a barriga da grávida durante as contrações. Ambas as manobras, utilizadas comumente no passado, estão em desuso, em respeito ao tempo de cada mulher durante o ato de dar à luz.

“Essa nova forma de cuidar proporciona, por exemplo, uma recuperação mais rápida das mamães e também a alta hospitalar em curto espaço de tempo, caso haja condição clínica favorável. Isso só é possível através da atualização periódica de protocolos e práticas baseadas em evidências científicas, a fim de reduzir intervenções desnecessárias e trazer mais benefícios à mulher e ao bebê”, destacou.