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Dia Mundial de Prevenção da Obesidade: alteração potencializa os riscos para o câncer de mama

Nesta segunda-feira, 11, comemora-se o Dia Mundial de Prevenção da Obesidade, importante fator de risco para as doenças cardiovasculares, e também para inúmeros tipos de câncer, entre eles, o de mama, doença que virou tema do movimento mundial Outubro Rosa. Segundo a enfermeira obstetra da Segeam (Sustentabilidade, Empreendedorismo e Gestão em Saúde do Amazonas), Leiliane […]

Nesta segunda-feira, 11, comemora-se o Dia Mundial de Prevenção da Obesidade, importante fator de risco para as doenças cardiovasculares, e também para inúmeros tipos de câncer, entre eles, o de mama, doença que virou tema do movimento mundial Outubro Rosa. Segundo a enfermeira obstetra da Segeam (Sustentabilidade, Empreendedorismo e Gestão em Saúde do Amazonas), Leiliane Dantas, isso ocorre porque o aumento da gordura, especialmente a abdominal, gera um processo inflamatório crônico, o que acaba por acionar o sistema imunológico do corpo. Na tentativa de contê-lo, a defesa do organismo combate também as células saudáveis, promovendo um crescimento celular desordenado, denominado de câncer.

O processo que resulta no aparecimento de massas tumorais malignas, ou seja, do câncer, vem de uma alteração genética que leva uma célula a não seguir seu caminho natural de vida. “Quando envelhecemos, parte das células vai morrendo no caminho e há uma renovação parcial. No caso do câncer, a célula tenta se perpetuar, se proliferando desordenadamente e formando os tumores malignos”, explicou.

No contexto da obesidade, outros fatores podem influenciar para o desenvolvimento do câncer, conforme dados do Instituto Oncoguia, ONG brasileira engajada na causa câncer. São eles: o aumento de vasos sanguíneos, que são utilizados pelos tumores para receberem oxigênio e nutrientes; a mudança no comportamento dos micro-organismos intestinais, provocando maior secreção de insulina que pode favorecer a proliferação celular; o aumento dos níveis de hormônios sexuais como o estrogênio, entre outros.

A enfermeira da Segeam, Leiliane Dantas, lembra, ainda, que associada a comorbidades como o diabetes, e com a chegada da menopausa, as chances de se desenvolver um câncer de mama são potencializadas. Além disso, pesquisas recentes apontam que o excesso de massa corporal dificulta o tratamento do câncer. “Por isso, é essencial que haja uma manutenção adequada do IMC (Índice de Massa Corporal), ajudando a prevenir o câncer de mama e outros tipos da doença. Isso ocorre com a prática regular de exercícios, uma dieta equilibrada e conscientização”, explicou.

Leiliane, destaca que o câncer de mama é o de maior incidência entre as mulheres no Brasil e no mundo. Já no Amazonas, figura em terceiro lugar na classificação, perdendo apenas para os cânceres de colo uterino e de pele não-melanoma. De acordo com a estimativa mais recente do Instituto Nacional do Câncer (INCA), no País, devem ser registrados 66,2 mil novos diagnósticos, só em 2021. No Amazonas, serão 450.