Considerada uma doença crônica, o diabetes é também um importante fator de risco para os Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs) e para os infartos. O risco é potencializado quando somado ao aumento do colesterol LDL (lipoproteínas de baixa densidade), também conhecido como mau colesterol, um dos protagonistas quando o assunto é a formação de placas de gordura em artérias consideradas de grande e médio calibre, como a coronariana e a carótida, as quais irrigam o coração e o cérebro, respectivamente.
Uma pesquisa realizada pela International Diabetes Federation (IDF), apontou que metade dos portadores de diabetes pode ter complicações como AVCs e infartos ao longo da vida, além de terem aumentadas as probabilidades de desenvolverem alterações renais.
No ‘Novembro Diabetes Azul’, movimento que alerta para a importância do controle do diabetes e seu acompanhamento contínuo, a Associação Segeam (Sustentabilidade, Empreendedorismo e Gestão em Saúde do Amazonas) destaca a necessidade de associar o equilíbrio da glicemia a bons indicadores sanguíneos, como o colesterol.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), uma das apoiadoras do Novembro Diabetes Azul no País, quanto maior é o colesterol LDL no sangue, maiores são os riscos de formação de placas de gordura, que chamamos de ateromas. A informação consta em estudos que correlacionaram os níveis de colesterol com o número de infartos, derrames ou eventos de isquemia.
A presidente da Associação Segeam, enfermeira Karina Barros, destaca que uma das características do diabetes, que também contribui para alterações cardiovasculares, é a mudança na capacidade do organismo de processar as gorduras. “A doença também promove o estreitamento da estrutura dos vasos, o que associado às placas de gordura, pode causar obstruções importantes que levam a graves riscos à saúde”, explicou.
O controle dos níveis de colesterol, segundo ela, se dá, através de dieta e acompanhamento nutricional. O ideal é que sejam evitados carboidratos em excesso, carnes gordas, frituras e doces. Devem ter prioridade no prato do diabético alimentos como verduras, legumes, frutas com baixo teor de açúcar, produtos integrais e cereais. As proteínas são importantes, mas deve-se evitar, por exemplo, carnes processadas, como presunto, peito de peru, salsicha, linguiça, bacon, mortadela e salame. A prática de exercícios físicos, segundo ela, também é essencial para a manutenção da qualidade de vida.
“Os exercícios físicos ajudam na redução da resistência à insulina, facilitando o controle do diabetes. Além disso, ajuda no controle do peso corpóreo, auxilia na redução do colesterol, reduz a pressão arterial e promove sensação de bem-estar”, frisou Karina Barros.